Para Carolina

Onde esta a fé?
Onde esta o amor?
Onde ficou a fraternidade?
Cadê os abraços?
Aonde foi parar todos os sorrisos?
Todas as lembranças?
Todas as fantasias?
Todas as brincadeiras?
Onde estão os ouvidos quando mais se precisa?
Os ombros?
Fiquei esperando tudo isso mas não encontrei
No lugar so tinham cobranças
Brigas
Olhar reprovador
Olhar de desconfiança
Olhar de culpa por muitas vezes nem se saber porque!
No lugar restaram apenas dor e cansaço de um dia cheio
No lugar sobrou apenas o boa noite e até a manhã.

Queria te ouvir, mas em vez disso tenho o silêncio
Queria falar, mas no lugar encontro os ouvidos cansados e fartos de tantas palavras
Queria um abraço mas no lugar disso so vejo punhos cerrados 
Queria te amar, mas como se o muro é cada vez mais alto?

No lugar de risos, piadas sarcásticas
No lugar de carinhos, empurrões
No lugar de tudo que queria, tudo o que eu nunca quis

O tempo é duro , eu sei, mas essa dureza vem se instalando dentro de nós
Nos separando e nos deixando cada vez mais distantes


Cadê a minha irmã?
Aquela que cuidou de mim?
Cadê a minha eroina?
À quem eu sempre imitei?
Cadê a minha mãe?
Sim pois foste ela em sua ausência!

Me sinto tão só
Me sinto tão mal por não ser o seu ideal
Mas sou eu e talvez nunca chegue aos seus pés
Talvez nem queira, seria muita responsabilidade
Me sinto triste 
Pois espero te encontrar para assim podermos compartilhar das nossas vidas
E quando te encontro é como se chegasse a uma estranha
Com medo da reprovação

O tempo passou 
Mudamos
Mudamos muito
Quem somos nós agora?
Quem sou eu?
Quem é você?
Sobrou um pouco do ontem?
Sobrou um pouco da vida de ontem?
Sobrou um pouco de nós de ontem?
O ontem...cada vez mais distante
Cada vez mais longe

Voltar?
Não dá

Mas eu gostaria de por um momento 
Ter o momento do abraço de novo
Ter o momento do sorriso
Ter o momento da alegria
Pular
Brincar
Ouvir
Ver
Sentir
Tudo isso era meu e se perdeu
Mas quem sabe o tempo leia isso
Se sinta culpado 
E traga seu tempo de volta pra mim
E com ele, traga você.





Eu vou, mas eu volto!

Para meu amigo.

Numa manhã de sol
Trazida pelo vento
Uma caixinha de presente
Cai no colo da menina
O que será? Ela pergunta
Essa caixinha tão pequenina?
Era tão colorida e perfumada
Tão cintilante, tão engraçada
Menina boba, sentada, ri
Não imagina o que tem ali
Ela levanta e à segura
Olha do lado, mexe no laço
Puxa pra lá, puxa pra cá
Tira a tampa e se alegra
Sorriso grande tem a menina
Coloca a mão tira o presente
Era um bilhete escrito a mão
"O seu presente não cabe aqui
Não é pequeno, é bem grandão
Ele é feliz e divertido
Também cheiroso e colorido
Mas é menino como vc
Não é bolacha, piano, pavê
Veio direto de lá do céu
Foi preparado nas mãos de Deus
Por isso cuide bem do presente
E deixe ele bem, bem contente
Ele estará sempre do seu lado
Não deixará desamparada
Vai ser seu ombro e seu ouvido
Quando chorar entristecida
Vai lhe fazer morrer de rir
E ele sempre vi lhe ouvir
ele vai estar sempre contigo 
Pois será o seu melhor amigo"

Menina lê esse poema
E percebe que no verso do bilhete
Em letras pequenininhas
Está escrito um lembrete

"Mas se um dia a distância chegar
Não fique tristinha
Pois a amizade que conquistou 
Nunca acabará
Um sentimento tão lindo assim 
Não se definha
É muito forte, é forte sim
Pode acreditar"





Amigo lindo, presente de Deus
De hoje, amanhã e sempre
De frente pra traz 
E de traz pra frente
Na alegria, na porrada
Thiago Thal te amo mala!!!!!




Eu vou , mas eu volto!!!!

As duas lindas rosas


Aqui nesse jardim 

Dentro do coração

Eu vejo lindas flores

Que  embelezam o ambiente

 

São lindas perfumadas 

As rosas que colorem 

Esse jardim que cresce

Dentro do meu peito

 

São duas rosas belas

Que enfeitam minha vida

E são tão preciosas

Que me alegro só de vê-las

 

Amigas essas rosas

Amadas e cuidadas

Regadas com carinho 

Amor e atenção

 

Elas, tão diferentes

Mas lindas igualmente

Completam minha vida

Cada uma do seu modo

 

Uma tão espontânea

A outra tão amável

Tem uma que é alegre

A outra é só ternura

 

Uma é só doçura

Que me faz desejar

Também ser mais doce

Em toda minha vida

 

E como vejo Deus

Dentro do seu olhar

Podendo entender melhor

Cada um dos dias

 

Com seus escritos finos

E suas palavras certas

Uma mostra muitas vezes

O que não conseguimos dizer

 

E Deus fala com ela

De forma tão bonita

Que somos expostos

À coisas grandiosas

 

Elas quando florescem

Exibem suas cores

Deixando nossa vida

Sempre mais feliz

 

E com os seus perfumes

Eu posso prosseguir

Nesse caminho ardo

Que chamamos de vida

 

Uma é de um jeito

A outra é de outro

Mas duas lindas rosas

São lindas para mim

 

E elas bem não sabem

O tanto que eu às amo

Pois mostram meu melhor

Até quando não sei

 

E eu, que por ama-las

Com esse coração

Que ja batendo forte

De pura emoção

 

Desejo a cada uma

As bençãos do Senhor

Todo Seu amor

E Sua atenção

 

Mas isso é muito facil

Pois o Senhor já vê

Os passos que elas dão

Em toda essa jornada

 

E Ele sabe bem

Que essas duas rosas

Pra tudo que Ele tem

estão bem preparadas

 

Então amigas lindas

Quero que vocês saibam

Que para tudo isso

Podem contar comigo

 

Hoje, amanhã e sempre

Eu estarei aqui

Pro que der e vier

Pois isso é coisa de amigo.

 

Ta bom não é um Camões mas foi de coração 

pras duas lindas rosas

as rosas Bittencourt

amigas e parceiras

que amo de montão!!!!!!

 

 

 

Eu vou, mas eu volto!!!

Voltar pra que?

Esse texto vai pra todos aqueles que desistiram, que enfraqueceram e se afastaram!!!

Voltar pra quê?

Desabafo de um afastado

 

Há algum tempo eu era freqüentador de igreja evangélica. Algo bem normal como ir todos os domingos a igreja, orar na hora certa, cantar enquanto a banda da igreja tocava, carregar a bíblia em baixo do braço... Eram bons tempos. Eu sentia um prazer em estar lá. Lembro que quando chagávamos na igreja eu me sentia diferente, me sentia feliz, enquanto os músicos cantavam e tocavam musicas em adoração a Deus, sentia uma presença diferente como se eu soubesse que Deus sabia que eu estava lá. Poder ouvi-lo, ver manifesto seu amor por mim, me fazia muito bem. Uma sensação de estar completo. A verdade parecia tão clara na minha frente, tudo fazia sentido. Deus me amava e Ele me falava isso. Seu poder era tão grande que penetrava por dentro de mim como sangue que percorre todo o corpo por dentro de nossas veias. Tudo isso, naquela época, era natural. Uns diziam que era o Espírito Santo que habitava em mim, outros, hoje em dia, dizem que não passava de comoção provocada pelas musicas, devaneios ou ainda de problemas de uma cabeça esquizofrênica. Onde já se viu ouvir vozes de pessoas que você nunca viu na sua vida? Não sei ao certo o que era, o fato é que todo peso da minha vida não era levado por mim. Apesar de todos os problemas cotidianos, eu sabia que quem cuidava de tudo não era eu! Contudo existiam lá, aqueles que apontavam o dedo, sempre me mostrando que eu não era merecedor de tudo que me era dado. Como ser melhor, se me mostravam que tudo o que eu fazia pra Deus era tão pequeno e tolo. Mas quem eram eles pra julgar? Diziam-se tão santos, perfeitos, semideuses que estavam sempre um passo a minha frente, mas na verdade eram tão pecadores quanto eu. Hipócritas! Talvez eles não cometessem os mesmos pecados, mas para Deus não existe um pecado grande ou pequeno, todos nos afastam dEle. Mesmo assim eles criticavam e aquilo me irava. Minha carne se rasgava dentro de mim. Enquanto eu questionava todos os seus atos, toda a hipocrisia, toda a mentira, via que Deus não se agradava da minha atitude, eu via que pecava também, julgava. E o pecado como eu já falei, afasta-nos de Deus! Cada vez mais eu ia dando um passo pra traz, ia me afastando e quando me dei conta já não O via mais, Ele estava muito longe de mim e voltar seria tão cansativo devido a distancia que eu me encontrava, que o melhor a fazer foi desistir de vez de tudo aquilo. Ou pelo menos era o que eu pensava.

No mundo descobri amigos que não me julgam, que não questionam meus atos, sempre me dando conselhos do tipo “divirta-se, você só nasce uma vez” ou “aproveite todos os momentos, descubra-se” ou ainda “não se deixe influenciar, faça o que tiver vontade”, acho que acabei me deixando influenciar por eles e não fiz o que eu realmente queria. Penso que todos esses conselhos não foram pela preocupação que eles tinham por mim, talvez não estivessem nem ai pra todos os meus problemas, apenas pensado nos seus próprios, tão preocupados com suas vidas cheias de obstáculos quanto eu. Na verdade dei ouvidos a todos, mas deixei de ouvir a única pessoa que realmente se preocupava comigo, Jesus.

 No mundo, eu comecei a me acostumar com as novas sensações e experiências, mesmo que o peso nos meus ombros fosse cada vez mais penoso, não poderia dar o braço a torcer e simplesmente voltar e pedir ajuda. Voltar pra quê? Como suportar os olhares de desprezo sobre mim, as risadas e os comentários de mau gosto, ou pior, como agüentar a pena e a dó de todos, como se eu fosse um passarinho que caiu do ninho. Talvez seja assim que eu me sinta.

O fato é que eu acabei me acostumando com essa nova vida.  Deixei-me levar pelo mundo. Normalmente não penso muito nisso, mas às vezes procuro um sentido pra mim e não é fácil de encontrá-lo. Às vezes penso como era tão simples a vida antes, penso nas verdades que faziam sentido e já não fazem mais. Eu sabia de onde eu tinha vindo e para onde eu ia, hoje, já não sei.

Acho que nunca amei a Jesus verdadeiramente, nunca O tive como meu salvador, pois como poderia fugir de alguém que descendo à terra se deixou sofrer por mim? Como desistir de alguém que deixou que toda dor e sofrimento tomassem conta de seu semblante enquanto era massacrado, sangrando até a morte, para me ver salvo e bem, para que eu pudesse aproveitar um futuro perfeito e sem dor? Tamanho ato de amor merece no mínimo gratidão.

Talvez eu pense que no ultimo minuto vou conseguir voltar e pedir perdão, eu sei que a qualquer hora o Senhor me perdoará, mas talvez no último minuto não dê tempo.


No fundo queria ter mais coragem de enfrentar esse mundo e voltar para os braços daquele que até hoje espera a minha volta. Mas é como se eu tivesse levado uma surra e o ar estivesse mais pesado me prendendo ao chão, se levantar é bem difícil. É preciso coragem e isso talvez eu nunca mais tenha. Enquanto isso eu sigo a minha vida fingindo pra mim mesmo que tudo vai dar certo. 



Eu vou, mas eu volto!